Como aplicar os “checklists”?
Como desenvolver e aplicar os "checklists" de segurança do trabalho?
Última atualização
18/05/2023
Temos uma forte influência de outros países em nossa cultura, e por isso, incorporamos algumas palavras no nosso dia-a-dia.
A palavra “checklist” é um exemplo, se trata de uma palavra em inglês que faz parte do nosso cotidiano. Esta palavra é a junção de check (verificar) e list (lista).
Apesar dessa introdução básica, nosso objetivo aqui é que você saiba os princípios básicos do checklist antes de direcionarmos para a área de segurança.
Basicamente, o “checklist" consiste em um documento projetado para a realização de atividades repetitivas, a fim de verificar uma lista de requisitos ou coletar dados de forma mais ordenada e sistemática. Assim, temos um apoio para evitar qualquer esquecimento em determinado processo.
Organizar os processos de segurança do trabalho
Com o uso desse recurso é possível sistematizar os itens e especificá-los, como prazos e padrões de segurança para determinada tarefa. No documento você indica progressivamente tudo que já foi cumprido, ou está em andamento o que facilita a realização da tarefa. Quando se tem organização, os trabalhadores ficam devidamente orientados e executam as suas atividades com padrão, gerando maior segurança durante processo.
Automatizar etapas
No decorrer do tempo, com a frequência do uso do checklist, o cumprimento dos itens e as suas respectivas etapas se torna automático, agregando agilidade para os trabalhadores. Isso proporciona modernização, rapidez e eficiência no trabalho.
Reduzir falhas
Ao checar a lista de tarefas pode-se reduzir erros e esquecimentos que comprometam a segurança do trabalho. Isso se deve ao fato de o documento indicar tudo o que é necessário e, ao longo da atividade, você marca aquilo que cumpriu, efetuando um acompanhamento simultâneo e que possibilita correções.
Em quais momentos o checklist pode ser utilizado?
O checklist pode ser utilizado para análise de diferentes procedimentos, locais de trabalho e equipamentos e tem como foco assegurar que os requisitos de segurança sejam cumpridos. Por meio dessa avaliação, é possível verificar se as normas de segurança estão sendo cumpridas e evitar a ocorrência de acidentes.
O modelo de documento que vamos desenvolver pode ser utilizado pela área de segurança do trabalhado, bombeiros civis, CIPA, Brigadistas, coordenadores/lideranças e trabalhadores devidamente treinados. É um modelo de checklist que pode ser utilizado para uma inspeção geral em um setor, ou na empresa como um todo.
Comece definindo o que deve ser verificado e os porquês desse checklist. Com isso, você ficará mais consciente do objetivo e importância do recurso. Lembre-se que não será somente você que irá utilizá-lo, então é importante que todos os envolvidos participem e opinem sobre o que será avaliado, e como serão organizadas as rotinas de inspeções.
Na sequência, determine em quais momentos a sua lista de verificação deverá ser aplicada. Isso vai depender muito da finalidade do checklist. Exemplo: se estiver desenvolvendo um checklist de verificação de equipamento com força motriz própria, o ideal, é fazer o checklist sempre que mudar o turno ou operador.
Isso comprova que os itens de segurança do equipamento estão em conformidade e sendo conferidos periodicamente, ou seja, a tempo de serem reparados antes de qualquer ocorrência. Também existe a possibilidade de colocar um campo de assinatura para que o líder esteja ciente e confirme as condições de operação do equipamento em cada turno.
Para um checklist de inspeção geral que vamos deixar como exemplo, a periodicidade poderá ser definida conforme necessidade. Quanto menor a cultura de segurança maior a frequência de inspeção, orientação e correção e tudo isso pode ser muito bem documento pelo checklist e no modelo que estamos deixando aqui, é possível avaliar a evolução da área de forma positiva.
Agora é o momento de criar as etapas do checklist. Existem vários temas dentro da área de segurança correto? Utilização de EPI, Proteção de máquinas, Proteção contra incêndios, Trabalhos de alto risco etc., cujo, que são importantes em uma inspeção geral.
Para esta finalidade de checklist separamos em etapas os temas que estamos inspecionando para tornar mais fácil sua compreensão, e logo a frente, você assinala se este item Atende, Atende parcialmente, Não atende ou Não se aplica.
Deixe claro quem serão os responsáveis por utilizar a ferramenta. Em seguida, treine esses trabalhadores para orientá-los sobre o uso correto do checklist e a sua real importância.
A adoção do recurso pode exigir uma mudança de cultura, haja vista que inicialmente alguns trabalhadores podem menosprezá-lo.
Após estruturar a lista de verificação, é chegada a hora de testá-lo. Peça aos trabalhadores para que utilizem a ferramenta, no decorrer de uma reunião com a CIPA, por exemplo. Observe o feedback da equipe e faça refinamentos para que ela se adeque às particularidades da sua empresa, dos seus trabalhadores e das suas condições.
Contar com um sistema de gestão que inclua checklist, modelos e processos aumenta a eficiência das atividades reduzindo os riscos de acidentes. Quanto mais estiver adaptada às suas necessidades, mais a ferramenta poderá influenciar positivamente no alcance das suas metas.
Quer saber como implementar o checklist para segurança do trabalho com eficiência? Conte com o apoio de uma consultoria especializada em segurança e saúde do trabalho, como a ISEG Corporation.
MAIO AMARELO
No trânsito, escolha a vida!
Última atualização
11/05/2023
No primeiro trimestre de 2022 ocorreram 14.976 acidentes nas rodovias federais do Brasil, o que corresponde a 23% do total do ano anterior. Esses acidentes resultaram em 17.115 pessoas feridas e 1.283 mortas.
O Movimento Maio Amarelo visa chamar a atenção da sociedade para o alto índice de acidentes no trânsito em todo o mundo. Neste ano, o movimento completa 10 anos, e o tema escolhido para a campanha de 2023 é: “No trânsito, escolha a vida”.
O Maio Amarelo tem esse nome porque faz referência a data em que a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a primeira Década de Ação para Segurança no Trânsito, mais precisamente em 11 de maio de 2011.
A cor amarela foi escolhida por simbolizar as sinalizações de advertência, atenção e cuidado no trânsito.
A NR-11 em seu conteúdo programático para formação de operador de empilhadeira, contém as regras básicas de condução.
Na NR-12, o item 1.1 do anexo II diz:
A capacitação de operadores de máquinas automotrizes ou autopropelidas, deve ser constituída das etapas teórica e prática e possuir o conteúdo programático mínimo descrito nas alíneas do item 1 deste Anexo e ainda:
a) noções sobre legislação de trânsito e de legislação de segurança e saúde no trabalho;
A importância da direção defensiva para a segurança do trabalho?
A direção defensiva é uma técnica de condução que tem como objetivo reduzir o risco de acidentes de trânsito, através da prevenção de situações de perigo e do aumento da percepção de possíveis riscos no trânsito. Na segurança do trabalho, a direção defensiva é importante porque pode ajudar a prevenir acidentes de trânsito envolvendo veículos da empresa, trabalhadores ou equipamentos.
Os acidentes de trânsito podem ter graves consequências para a segurança do trabalho, podendo resultar em lesões graves, mortes, perda de equipamentos e danos materiais. Além disso, os acidentes podem gerar custos financeiros significativos para a empresa, como indenizações, custos médicos e de reparo de veículos.
Por isso, é importante que a empresa promova a direção defensiva como parte da cultura de segurança do trabalho, oferecendo treinamentos e programas de conscientização para os trabalhadores sobre a importância de seguir as normas de segurança no trânsito. A implementação de medidas de segurança, como a manutenção regular dos veículos e o uso de equipamentos de segurança, também pode contribuir para a redução do risco de acidentes.
Algumas medidas importantes para promover a direção defensiva em ambientes de trabalho incluem:
Treinamentos específicos para os motoristas, abordando técnicas de direção defensiva e comportamentos seguros no trânsito;
Orientações sobre a importância da manutenção preventiva dos veículos, incluindo a revisão periódica dos equipamentos de segurança, como freios, pneus, faróis e cintos de segurança;
Uso de equipamentos de segurança, como capacetes, cintos de segurança e dispositivos de sinalização sonora e luminosa;
Fiscalização do cumprimento das normas de trânsito, por meio de inspeções periódicas nos veículos e da aplicação de multas e sanções aos motoristas que desrespeitarem as normas.
Além disso, é importante que a empresa tenha uma política clara de segurança no trânsito, com diretrizes e objetivos definidos, e que promova a conscientização dos funcionários sobre a importância de seguir as normas de segurança no trânsito.
Em resumo, a direção defensiva é essencial para a segurança do trabalho, pois ajuda a prevenir acidentes de trânsito que podem resultar em lesões, mortes e prejuízos financeiros para a empresa. Promover a cultura da direção defensiva e implementar medidas de segurança são medidas importantes para prevenir esses acidentes e garantir um ambiente de trabalho seguro.
Em caso de dúvidas entre em contato com a ISEG Corporation.
PGR na Indústria da Construção Civil
Quais os documentos previstos na NR-18?
Última atualização
04/05/2023
No início de Abril trouxemos uma publicação fazendo uma Introdução ao PGR na Indústria da Construção Civil.
Na publicação de hoje, falaremos de forma detalhada sobre os documentos previstos na NR-18 para melhor gestão do PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos abrangendo os requisitos da NR-01 (Classificada como NR Geral), e da NR-18 (Classificada como NR setorial).
De forma descomplicada esperamos que compreendam nossa abordagem.
Quais os principais documentos que deve conter o PGR para atendimento a NR-18?
Inventário de Riscos;
Plano de ação; e
Projetos.
Separamos em três tópicos os principais documentos, e comparando ao Programa de Gerenciamento de Riscos da NR-01, podemos ver uma diferença quando visualizamos “projetos”. Ou seja, projetos técnicos devem ser incluídos dentro do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) da NR-18, pois sendo uma norma setorial está é uma obrigatoriedade específica.
É importante a leitura na íntegra da NR-18 para que possa fazer a gestão da NR-18. Contudo, para auxiliar os leitores, vamos deixar aqui os documentos principais para o cumprimento dessa norma.
E mais: deixaremos três DICAS importantes, que trazem a NR-18 para uma visão mais abrangente e melhor gestão do PGR.
Inventário de Riscos:
Na NR-01 conseguimos as diretrizes sobre Inventário de Riscos. Observe, contudo, que em nenhum momento na NR-18 traz essa informação.
1.5.7.3.2 O Inventário de Riscos Ocupacionais deve contemplar, no mínimo, as seguintes informações:
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho;
b) caracterização das atividades;
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e descrição de medidas de prevenção implementadas;
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17.
e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação; e
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão.
2. Plano de ação
O objetivo do plano é estabelecer um cronograma que contenha planejamento, definição de ações, classificação dos riscos, prazos e responsáveis.
1.5.5.2.1 A organização deve elaborar plano de ação, indicando as medidas de prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, conforme o subitem 1.5.4.4.5.
1.5.5.2.2 Para as medidas de prevenção deve ser definido cronograma, formas de acompanhamento e aferição de resultados.
3. Projetos
18.4.3 O PGR, além de contemplar as exigências previstas na NR-01, deve conter os seguintes documentos:
a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual frente de trabalho, em conformidade com o item 18.5 desta NR, elaborado por profissional legalmente habilitado;
b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por profissional legalmente habilitado;
c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por profissional legalmente habilitado;
d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), quando aplicável, elaborados por profissional legalmente habilitado;
e) relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e suas respectivas especificações técnicas, de acordo com os riscos ocupacionais existentes.
1º DICA: Medidas de Proteção Coletiva
Para que sua organização fique atenta, selecionamos alguns itens importantes para complementar as informações acima, ao elaborar o PGR.
Diversos tipos de atividades acontecem no dia-a-dia no trabalho na construção civil, e nem sempre são padronizadas. Às vezes acontecem com baixa frequência ou não, com potencial alto de acidentes ou não. Neste caso fique atento ao item abaixo que trata a NR-18:
18.4.6.1 As tarefas a serem executadas mediante a adoção de soluções alternativas devem estar expressamente previstas em procedimentos de segurança do trabalho, nos quais devem constar:
a) os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores estarão expostos;
b) a descrição dos equipamentos e das medidas de proteção coletiva a serem implementadas;
c) a identificação e a indicação dos EPI a serem utilizados;
d) a descrição de uso e a indicação de procedimentos quanto aos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e EPI, conforme as etapas das tarefas a serem realizadas;
e) a descrição das medidas de prevenção a serem observadas durante a execução dos serviços, dentre outras medidas a serem previstas e prescritas por profissional legalmente habilitado em segurança do trabalho.
18.4.6.2 As tarefas envolvendo soluções alternativas somente devem ser iniciadas com autorização especial, precedida de análise de risco e permissão de trabalho, que contemple os treinamentos, os procedimentos operacionais, os materiais, as ferramentas e outros dispositivos necessários à execução segura da tarefa.
18.4.6.3 A documentação relativa à adoção de soluções alternativas integra o PGR do canteiro de obras, devendo estar disponível no local de trabalho e acompanhada das respectivas memórias de cálculo, especificações técnicas e procedimentos de trabalho.
2º DICA: Gestão de terceiros na obra
Se a sua empresa é detentora de uma obra, e tem a pretensão de contratar uma empresa terceira, ela deve fornecer o inventário de riscos ocupacionais referente as atividades que ela irá prestar dentro do seu estabelecimento. Este documento deve ficar anexo ao seu PGR.
18.4.4 As empresas contratadas devem fornecer ao contratante o inventário de riscos ocupacionais específicos de suas atividades, o qual deve ser contemplado no PGR do canteiro de obras.
3º DICA: Qual a validade do PGR na Indústria da Construção Civil?
A validade do PGR é atrelada a etapa, portanto, não é recomendável colocar validade no PGR.
Se a empresa já passou por uma etapa, ela fica registrada, a partir daí podemos seguir de duas formas: utilizar o mesmo documento e adicionar as novas etapas, ou fazer um novo PGR de acordo com cada etapa que estiver sendo executada.
18.4.3.1 O PGR deve estar atualizado de acordo com a etapa em que se encontra o canteiro de obras.
Conclusão
É de extrema importância que um PGR de uma empresa atuante na construção civil, especialmente as responsáveis por um canteiro de obras, atenda as exigências da NR-18, sem deixar de lado as exigências previstas na NR-01.
Relembre a matéria sobre a Introdução do PGR na Indústria da Construção Civil:
https://www.isegcorporation.com/blog-home/abril2023
Em caso de dúvidas entre em contato com a ISEG Corporation.